Por Svami Paramarthananda
Para percebermos o princípio Consciência (o Eu) vejamos o seguinte exemplo. Eu seguro um livro diante de mim e pergunto, o que tenho na minha mão? Imediatamente tu dirás que é um livro. Depois eu pergunto o que existe para além do livro? Tu dirás que nada mais existe. Mas eu digo que existe mais uma coisa, para além do livro, que é muito evidente e que todas as pessoas tomam como garantido. De facto, é por causa disto apenas, que eu posso ver o livro. É a luz que me ajuda a ver o livro. O livro está banhado nesta luz, envolto nesta luz.
Podemos concluir os seguintes pontos:
- Luz não é uma parte, propriedade ou produto do livro.
- Luz é uma entidade independente que permeia o livro e torna-o visível.
- Luz não está limitada pelas fronteiras do livro.
- Luz não é destruída quando o livro é destruído. A luz sobrevive após a morte do livro.
- Luz continua a existir após a remoção do livro mas não é visível, uma vez que não existe um meio de reflexão.
As escrituras védicas dizem que a Consciência é comparável à luz. Assim, podemos estender os princípios anteriores também à Consciência:
- Consciência não é uma parte, propriedade ou produto do corpo.
- Consciência é uma entidade independente, que permeia o corpo e torna-o senciente.
- Consciência não está limitada pelas fronteiras do corpo.
- Consciência sobrevive à destruição do corpo; continua a existir após a morte do corpo.
- Consciência continua a existir após a morte do corpo mas não é reconhecível, uma vez que o meio de reflexão, o corpo, não está presente.
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